O objetivo do trabalho é avaliar a eficiência da adsorção com carvão ativado em pó (CAP) e da cloração de cálcio na remoção de saxitoxinas. As saxitoxinas dispersas em água destilada foram produzidas por meio da extração de células viáveis de cianobactérias da espécie Cylindrospermopsis raciborskii. Os ensaios foram realizados em equipamento de jar test adaptado e empregando-se três tipos de CAP e hipoclorito de cálcio. Os tempos de detenção aplicados foram de duas horas para adsorção e 30 e 60 minutos para oxidação. Os resultados evidenciaram que a eficiência de remoção, para a adsorção, está intrinsecamente relacionada ao tipo de carvão e à dosagem empregada, obtendo maior eficiência para o CAP de madeira. Para oxidação, os dois tempos de contato e as dosagens avaliadas apresentaram eficiência praticamente constante, da ordem de 80%, atendendo ao estabelecido pela Portaria 518.
O carvão ativado, em pó ou granular, constitui um adsorvente de compostos orgânicos, passíveis de conferir sabor e odor; cor; mutagenicidade e toxicidade, incluindo agroquímicos, geosmina, metilisoborneol (MIB) e cianotoxinas em geral. Entretanto, não se pode generalizar que qualquer tipo de carvão irá adsorver qualquer substância orgânica indesejável, pois a massa molecular desta deve estar diretamente relacionada ao tamanho dos poros dos grãos do carvão (SNOEYINK, 1990).
Segundo a União Internacional de Química Pura e Aplicada (IUPAC), os poros do carvão ativado podem ser classificados em função do diâmetro como macroporos (maiores que 50 nm), mesoporos (entre 2 a 50 nm) e microporos (menores que 2 nm).
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