segunda-feira, 29 de julho de 2013

HIV e DST

 

O Departamento de DST, Aids e Hepatites virais do Ministério da Saúde é a principal ponte entre o tratamento público e os brasileiros que sofrem com estas doenças. Criado em 1986, o órgão é hoje referência internacional no tratamento de males como a Aids e outras DSTs e tem o compromisso de reduzir o contágio e melhorar a vida das pessoas infectadas. 

A OMS também lista as doenças sexualmente transmissíveis de maior recorrência no Brasil. A organização afirma que a população sexualmente ativa do País apresenta 937.000 casos de sífilis, 1.541.800 casos de gonorreia, 1.967.200 casos de clamídia, 640.900 casos de herpes genital e 685.400 casos de HPV.  Já o número de soropositivos registrados pelo Ministério da Saúde chegou a 592.914 desde a década de 1980 até 2010.

DST nas mulheres

Os sintomas de DST nas mulheres podem ser confundidos com reações orgânicas comuns do organismo e, por isso, a atenção deve ser redobrada. A diretora do Instituto Kaplan (centro de estudos de sexualidade humana), Maria Helena Vilela, alerta que DSTs como a sífilis são perigosas em mulheres, já que os sintomas só são sentidos quando a doença atinge estágio avançado.

“As feridas causadas pela sífilis não apresentam nenhuma dor, coceira ou secreção e se esta ferida aparecer na parede vaginal interna, a mulher não vai sentir e nem ver nada, o que é extremamente perigoso. Se nenhum exame for feito, a doença vai se desenvolver e pode causar de danos cerebrais até morte”, diz. Ainda segundo Vilela, além da proteção durante as relações sexuais, as mulheres devem fazer consultas periódicas ao médico.

DSTs de maior incidência no Brasil

Aids (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida é causada pelo vírus HIV) – Pode ou não (fase assintomática) se manifestar no organismo do portador.  A doença, quando desenvolvida, ataca o sistema imunológico, comprometendo seu funcionamento e deixando-o vulnerável a outros males. A relação sexual sem camisinha com alguém infectado, o compartilhamento de seringas e a reutilização de objetos perfurocortantes contaminados pelo HIV são as principais formas de contágio.

O tratamento deve ser iniciado imediatamente após a descoberta,  com medicamentos antirretrovirais. Mulheres grávidas contaminadas com o HIV têm 20% de chance de transmissão para o bebê quando não há tratamento, mas este número cai para menos de 1% caso a mãe siga as medidas preventivas e recomendações médicas.

Sífilis – A doença infecciosa pode ser transmitida durante a relação sexual sem camisinha com alguém infectado, transfusão de sangue contaminado ou da mãe infectada para o bebê. Os possíveis sintomas são pequenas feridas nos órgãos sexuais e caroços nas virilhas. Mesmo sem tratamento, essas feridas podem desaparecer sem deixar cicatriz, mas a doença continua a se desenvolver. O aparecimento de manchas pelo corpo e queda de cabelos também são sintomas desta doença que, sem tratamento adequado, pode levar à cegueira, paralisia, danos ao cérebro e inclusive à morte.

Clamídia e Gonorreia – Duas das mais comuns DSTs existentes no Brasil, essas doenças são infecções causadas por bactérias. Ambas são transmitidas por meio de relações sexuais sem camisinha. Atacam os órgãos genitais femininos e masculinos e, quando não tratadas, podem causar infertilidade e dor durante as relações sexuais, entre outros danos. A gonorreia pode infectar o colo do útero, o reto (canal anal), o pênis, a garganta e os olhos. A clamídia é comum entre jovens adultos e adolescentes e causa problemas como corrimento e ardor ao urinar.


Fontes:
Departamento de DST, AIDS.
Ministério da Saúde

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