domingo, 23 de agosto de 2015

VISA recolhe CARNE de Apreensão.


           A Vigilância Sanitária de Pinheiro Machado recolheu do Quartel da Brigada Militar, no domingo 23/08/2015, um Bovino carneado pesando aproximadamente 300 kg e na Delegacia de Policia um ovino carneado pesando aproximadamente 20 kg.
          Graças à denúncias de moradores das localidade Passo do Machado e Passo do Coelho, a Brigada Militar, fez a apreensão destas carnes que possivelmente iriam abastecer parcialmente nosso comércio local.   

Parabéns pelo excelente trabalho realizado pela Brigada Militar de Pinheiro Machado.

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Mormo no Rio Grande do Sul





NOTA TÉCNICA Nº 06/2015

Assunto: Mormo no Rio Grande do Sul
A presente nota técnica tem o objetivo de informar sobre os casos de Mormo no RS. A
importância para a saúde pública deve-se ao fato de ser uma zoonose. Assim, todos os cuidados e
medidas de prevenção devem ser empregados a fim de se evitar a disseminação da doença pelo
Estado.
Registrado pela primeira vez no Rio Grande do Sul, no município de Rolante, o Mormo é uma
doença infecciosa que acomete, principalmente, os equinos. É uma enfermidade causada pela
bactéria Burkholderia mallei e se manifesta por um corrimento viscoso nas narinas, com a
presença de nódulos nas mucosas nasais, nos pulmões, nos gânglios linfáticos, catarro e
pneumonia. A forma aguda é caracterizada por febre, fraqueza, secreção amarelada, que pode se
tornar sanguinolenta, e dispneia. Não tem tratamento e o animal é sacrificado.
O mormo é transmitido pelo contato com o material infectante, seja diretamente com
secreções do doente ou indiretamente por meio de fômites, bebedouros, comedouros e
equipamentos contaminados. Pode ser transmitida aos homens e a outros animais. Os principais
hospedeiros são os equinos, muares e asininos. Já foi relatada em cães, gatos, ovinos, caprinos e
camelos. Bovinos, suínos e aves são resistentes. Em animais pode se manifestar logo após a
infecção ou tornar-se latente. Em humanos o período de incubação varia de poucos dias a meses,
sendo usualmente de 1-14 dias.
O ser humano normalmente se infecta pelo contato com animais doentes, fômites
contaminados, tecidos ou culturas bacterianas em laboratórios. Pode ser considerada uma doença
ocupacional, visto acometer, principalmente, trabalhadores, tratadores, médicos veterinários,
trabalhadores de frigoríficos, pesquisadores e laboratoristas. Porém, também pode acometer
proprietários de animais e outras pessoas. A transmissão ocorre por meio de feridas e abrasões na
pele. O indivíduo apresenta-se febril, com pústulas cutâneas, edema de septo nasal, pneumonia e
abscessos em diversas partes do corpo. É uma zoonose de difícil tratamento, sendo, quase
sempre, fatal.
A bactéria é rapidamente inativada pelo calor, raios solares diretos e é sensível aos
desinfetantes comuns como hipoclorito de sódio. Porém, sua sobrevivência pode ser prolongada
em ambientes molhados e úmidos. A doença não tem vacina e nem tratamento. Animais positivos
são sacrificados. Uma das formas de prevenção é evitar o contato com outros animais doentes,
mantendo os exames sempre em dia e evitando locais de aglomerações de animais onde não haja
fiscalização e controle nas áreas de risco.

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

AFINAL ...O QUE É MORMO?


 MORMO.
 
  Em algumas regiões o mormo é conhecido como” lamparão”,  “farcinose”,” mal de mormo” , “catarro de burro” entre outras  nomenclaturas populares . 

O mormo é uma doença infecto-contagiosa causada por uma bactéria, que acomete principalmente os eqüídeos , podendo também acometer o HOMEM , os carnívoros e eventualmente os pequenos ruminantes .

            O agente etiológico é a Burkholderia mallei . bacilo gran-negativo.
        No passado , o mormo ocorria em todo o mundo devido a grande utilização dos eqüídeos, com o passar do tempo a  utilização dos eqüídeos foi diminuindo e os procedimentos em combate as doenças foram desenvolvendo  assim diminuindo a incidência em todo o mundo .
        A doença foi descrita pela primeira vez no Brasil em 1.811, introduzida, provavelmente por animais infectados importados da Europa (PIMENTEL,1938)

     Como meu cavalo pode se contaminar?
     A principal via de infecção é a digestiva, podendo ocorrer pelas vias aéreas, genital e cutânea.
     A disseminação do  mormo no ambiente ocorre pelos alimentos, bebedouros, cochos, embocaduras  e raramente utensílio de montaria .
      A principal forma de excreção da B.mallei do organismos é pela via nasal e oral devido ao rompimento de lesões pulmonares  causadas pela doença .

     Quais os sintomas do cavalo com MORMO ?
São três formas mais freqüentes :
cutânea, linfática, respiratória,  o mesmo  animal pode apresentar as três formas.:

Os sinais clínicos mais freqüentes são :   

febre, emagrecimento, tosse, corrimento nasal e lesões na pele no inicio nodulares e evoluem para ulceras e apos cicatrizaçao formam lesões em formato de estrela .


   O aparecimento das lesões na pele é característica da fase crônica da doença.

   O diagnostico definitivo da doença é concluído por exame laboratorial,  pois os sinais   clínicos são parecidos com o de outras doenças .
     Quais implicações que podem ocorrer no aparecimento de um caso de MORMO ?
    O mormo é uma doença infecto-contagiosa que acomete principalmente os eqüídeos, podendo também acometer, carnívoros, eventualmente  pequenos ruminantes o e  HOMEM, sendo assim é uma zoonose .
    É uma doença de notificação obrigatória, normalmente quando ocorre aparecimento de um caso são tomadas medidas de controle do transito animal por tempo indeterminado.
     Como  prevenir que meu cavalo se contamine com a doença  ?  
      Infelizmente não existem tratamentos nem vacinas eficazes contra o mormo .
      A prevenção e controle da doença  baseia-se na interdição de propriedades com focos comprovados, sacrifício dos animais comprovados por testes positivos  oficiais por profissional da Defesa Sanitária Oficial .
      Participar apenas de eventos eqüestres  que obriguem o exame negativo de mormo, no prazo de validade correto em regiões e em situações de risco da doença. Alem de obedecer as regras impostas pelas autoridades sanitárias destas regiões..  

Dr. Ciro Pinheiro Mathias Franco
Medico Veterinário - atuante em medicina e odontologia eqüina.
   Cel. (11) 9814-6666
   www.dentistadecavalo.com.br